Há quem diga que sou diferente, e está certo! Todos somos.
Há quem diga que sou antiquada, muito certinha. Mas apenas sei como fui criada, não preciso ir sempre pela maioria.
Tem quem diga que sou dura, pois raramente me viu chorar. Talvez não me conheça tão bem quanto acreditam, por que chorar qualquer um pode, a hora que quiser.
Há quem diga que sou irônica, debochada. Em alguns momentos é preciso, não sou sempre assim.
Ah! Tem os que dizem que sou turrona! Estes estão certos.
Tem que diga que sou perfeccionista. Não considero perfeccionismo defeito, é só saber levar tudo com um certo jeitinho.
Há os que me acham inquisitiva, inquisidora. Gente, eu só sou crítica! Na dose certa isso não é ameaça para ninguém!
Tem os que dizem que sou desconfiada, que demoro para confiar em alguém. Meus queridos! Tá aí outra coisa que não me arrependo!
Somente os que vêem com os olhos do coração podem ver além do que há por trás de um silêncio, um olhar, um sorriso nesses últimos tempos.
Muitas vezes as pessoas não sabem como me sinto, o que se passa com meus sentimentos, o que se passa na minha casa, no meu trabalho, na minha vida.
É como diz a música “Hoje muitos choram sorrindo”.
Tenho sentido na pele o que isso significa.
Para aqueles que julgam me conhecer bem, por acaso tem noção do quanto sinto falta de um amigo por perto nessa hora?
O quanto um abraço faria diferença?
Cadê algumas pessoas que me chamam de “amiga”? Eu preciso voltar a me sentir amada.
Se estou longe do que vocês sempre achavam que eu era, quem sabe estão perdendo o poder de ver com o coração.
Eu não sou mais a mesma. Tenho crescido com o sofrimento.
Sempre fui “a ostra”, quem conseguiu me ver como pérola, sabe o tanto que teve que me “cutucar” pra que eu saísse da minha concha.