terça-feira, 5 de julho de 2011

Amar é uma decisão

Toda família guarda seus segredos, amarga suas dores, tenta esconder seus fracassos e procura superar as dificuldades da convivência. Esforça-se para aparentar felicidade, ainda que tocando a vida entre os escombros de sonhos frustrados.


Não obstante, muitos são os lares cuja felicidade e cujo respeito estão presentes na mesa de cada dia. Apesar das diferenças entre os membros, estas famílias vivem banhadas pelas águas da alegria, e dormem tranquilas sob a brisa da paz. Qual o segredo, então?

A vida prazerosa é como um bolo caseiro. Não basta ter a receita e os ingredientes. O segredo está em saber usá-los. Se receitas bastassem, a vida seria uma grande doceria! Bem como, se fórmulas de felicidade conjugal e familiar funcionassem, a sociedade seria como um Éden sem Serpente.


No entanto, sobra veneno, e falta vida! Então, é preciso tomar algumas decisões.


A primeira delas é em relação ao amor. Amar é uma decisão. Somente isso possibilita a convivência entre pessoas diferentes, mas que tenham sonhos em comum. Eu decido amar, como também decido odiar. Outra decisão é a de perdoar. O perdão não é uma manifestação sobrenatural que invade o coração da gente de vez em quando. É a prática de uma decisão nossa, em nome da sobrevivência, da saúde emocional e espiritual. Quem decide perdoar torna-se mais tolerante, mais sensível às diferenças, mais humano.


Sou eu que decido perdoar ou que decido perpetuar a amargura e o ressentimento no coração.

Uma terceira decisão importante no contexto da família está ligada à nossa capacidade de servir, isto é, dispor a vida para o bem comum. É a disposição de ajudar o próximo, construir juntos, estimular, levantar a autoestima do outro, valorizá-lo naquilo que ele tiver de melhor. Tornar-se companheiro pleno e amigo verdadeiro é muito mais significativo do que ser apenas pai ou mãe, esposo ou esposa. Ser alguém ausente é ser destruidor de sonhos e esperanças.

No entanto, a mais importante das decisões é aquela que resolve colocar o Senhor no epicentro da família. Criada por Deus, a família não sobrevive sem o seu Criador. A decisão de trazê-lo de volta para a vida familiar será o retorno aos melhores dias.


Somente Ele inspira o amor, ensina a perdoar e capacita para o serviço solidário.


(Estevam Fernandes de Oliveira, conferencista internacional, Psicólogo, doutor em Ciências Sociais)


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