quarta-feira, 21 de abril de 2010

O peso que a gente leva...

Ultimamente tenho me sentido "pesada".
Como se tudo estivesse guardado dentro de uma mochila, e esta, sobre as minhas costas.
Há coisas que muitas vezes gostaríamos de levar com a gente, outras deixar guardadas, fechadas num armário, e talvez nunca mais precisar vê-las. Talvez até nem deixá-las guardadas, quem sabe até jogá-las fora.
Muitas vezes olho ao meu redor e descubro que carrego coisas que não são minhas.
Que culpa tenho se as pessoas fazem escolhas erradas, se o casamento não deu certo, se não querem estudar, não tão nem aí para o emprego, se tem filhos mimados, se vivem na submissão, deixando que os outros passem por cima de seus sentimentos?
Por quê isso me afeta tanto quando não deveria?
É o peso que a gente leva...
Às vezes não é nada nosso, mas guardamos conosco as dores do outro, suas frustrações, seus medos, suas ansiedades. Não deveriam eles mesmos levar a sua "mochila" nas costas?
Se hoje precisasse "viajar", minha bagagem ultrapassaria o permitido.
Desisto.
Tá doendo as minhas costas.
Começo então a me desfazer aos poucos do excesso de bagagem.
Quem é que nunca viajou levando "a casa" consigo, e descobriu no final das contas que muita coisa que levou nem usou?
É assim a vida.
Quanta coisa temos levado que não precisamos?!
Nem tudo nos pertence.
Aos poucos tenho aprendido a deixar pelo caminho o que não é meu.
Não me faça cobranças.
Antes eu levava, hoje não quero mais.
Tô abandonando, deixando de lado, caindo fora.
A vida e as viagens seguem as mesmas regras, os excessos nos pesam, nos retiram a vontade de viver.
Por isso é preciso partir... se não pode trocar de casa, de problemas, de vida, comece a trocar de bagagem.
Torne a vida mais leve.
"Vá, se mande, junte tudo que você puder levar. Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já..."
Viaje leve. Não leve seus pesos e ainda o dos outros. Mas, se leve.

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