domingo, 11 de outubro de 2009

Li um texto na Internet e achei bem legal, me identifiquei até.
Fala sobre a "síndrome do Donald", aquele típico "faz tudo".
Donald de vez em quando, ao lado do primo Peninha, atua como repórter no jornal A Patada. Noutras ocasiões, figura como ajudante nas aventuras de caça ao tesouro empreendidas por Tio Patinhas.
Não raro, assume mais atividades, atacando até mesmo de super-herói, por meio de seu alter ego, o Superpato.
Pode-se dizer que Donald é versátil.
No entanto, também é legítimo afirmar que seja um sujeito sem foco. Até mesmo na vida pessoal, parece um sujeito sem rumo. Desperdiça energia na infindável contenda com o vizinho Silva. Ao mesmo tempo, é incapaz de estabelecer uma relação sólida com a bela Margarida, frequentemente seduzida pelo sortudo e frívolo Gastão.
Na verdade, o irritado Donald é um pato antropomorfizado.
Mistura características da simpática ave e dos seres humanos. Afinal, um pato faz de tudo. Nada, anda e voa. Mas realiza tudo isso sem muita qualidade.
Dependendo da espécie, pode nadar pior do que uma tartaruga, andar desajeitado como um gato perneta e voar tão estabanadamente quanto uma galinha.
Mas, o que o ilustre habitante de Patópolis tem a ver com o universo das organizações e de seus gestores e colaboradores? O que será que tem a ver comigo???
Simplesmente, tudo!
Em minhas andanças pela Caixa, Banco do Brasil e Quero-Quero, tenho topado frequentemente com esse tipo de idéia. Que as pessoas devem aprender fazer de tudo, sendo assim, em alguns lugares não é tanto uma qualidade isso, mas sim, o fato de não se ter tanta chance de ser "alguém" ótimo no que faz, e sim alguém bom em várias coisas, mas não é suficiente.
Adianta fazer muito de tudo, mas a vida profissional não prosperar?!
Adianta ser "Severino", "quebra-galhos", "faz tudo", mas não ter chance de ser algo?!
Algo deve estar errado.
Eu tenho cansado dessa vida "versátil".
Falta-me entusiasmo, ao passo que sobra frustração.
Careço de foco.
Curiosamente, a sociedade (falo em empresas em especial), tendem a valorizar esse tipo de multifuncionalidade.
Pessoas que são identificadas com trabalhadouras e esforçadas.
Certamente que são, como milhões e milhões de pessoas, praticantes da boa versão do jeitinho "Donald".
Voltando ao texto...
Agora, a boa nova: existe cura!!!
E a terapia se divide basicamente em cinco atitudes.

1. “Conhece-te a ti mesmo”, como sugeria o filósofo grego Sócrates. Descubra seus talentos e identifique seus sonhos.
2. Depois, ofereça a si mesmo a indagação: o que desejo para mim e para o meu negócio?
3. Analise o mercado e a conjuntura econômica e determine a viabilidade de seus planos.
4. Procure descobrir seu diferencial em relação aos demais. Afinal, o que você faz muito bem? O que você faz bem que os outros não fazem?
5. Defina um plano de voo. Estabeleça uma estratégia para trilhar o caminho entre o que você é e aquilo que pretende se tornar.

A receita é simples, mas exige dedicação. Avalie seu conhecimento da atividade escolhida, meça sua energia e verifique seus meios antes de fixar metas. Alcançar o sucesso dependerá de um bom inventário de suas competências e recursos.
Possivelmente, você encontrará falhas em sua formação. Verá que ainda não sabe tudo que deveria saber. Sinal de que precisa investir em reciclagem, treinamento e incremento de qualidade.

Vou "tentar" guardar meu pato no armário e buscar ajustar o foco de minha vida.
Afinal, cansei de ser o Donald... cansei de ser Severino... cansei de ser faz-tudo!!!
Eu quero mais do que tenho conseguido.

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