sábado, 27 de junho de 2009

Sem inspiração...

Não consigo falar ou escrever... no entanto, posso sentir.

Sinal que tô viva né?!hehehe

Assim que der, escrevo algo.

Bom findi a todos!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Desconstruções
(Martha Medeiros)

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real. Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito. Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa. A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.

domingo, 14 de junho de 2009

Casar ou não casar? Ser ou não ser mãe?

Foi-se o tempo que mulher tinha que cumprir os dois papéis, seja por sua própria vontade ou seja pela imposição da família, sociedade...
Em determinada altura da vida, a mulher parece sempre ponderar sobre a maternidade... e passa também a ponderar sobre casamento.Há as que valorizem mais essas questões, há quem banalize; há quem pense nisso prematuramente, há quem cada vez mais adie.
Existem muitas mulheres no mundo, algumas fizeram a opção de não ter filhos.
E eu respeito essa decisão, pois mesmo na natureza, vemos fêmeas que não aceitam suas crias, o que me leva a concluir que nascer mulher, embora imprescindível, não é o mais importante, importa é ter vocação para a maternidade!
Algumas optam por não se casarem, ou se casarem mas não ter filhos, ou ainda não se casar e ter filhos sem um pai ao seu lado, ou ainda nunca ter filhos e nunca casar...
E neste ponto, é que aproveito para pensar: “Porque algumas mulheres querem ser mães e outras não? Por que umas querem casar e outras não?”
Critica-se muito a “cobrança da sociedade” em esperar da mulher que cumpra o papel de mãe, de esposa, e ao mesmo tempo surge uma nova “cobrança da sociedade” na mulher realizada profissionalmente.
Esse final de semana foi muito legal pra mim.
Conversando com minhas grandes e melhores amigas (elas sabem que o são e que estou falando delas por aqui), vi que é sempre bom buscar compreender o profundo de nossos desejos e saber diferenciar o que é "desejo nosso" e o que é "desejo do outro" (da sociedade, dos familiares), dentro de nós mesmos...
Muitas vezes agimos em função de pressão social, pressão e influência consciente ou inconsciente dos familiares, amigos, de religião, e outras vezes para satisfazer desejos pessoais “que não são bem aquilo”.
Outras tantas vezes, buscamos satisfazer desejos "que não podem ser revelados", desejos profundos, inconscientes, que são mascarados, pois são inconcebíveis para nós mesmos, ou para a sociedade.
Antes de ser mãe ou optar por não ser, e antes de casar ou optar por não casar, dou um conselho às “minhas amigas mulheres”: “entendam o quão importante é o autoconhecimento profundo para entender as reais motivações das suas escolhas, e assim vocês tomarão as decisões com mais consciência e clareza quanto aos motivos, e serão mais felizes”.
Se você, minha amiga ou não, ainda não sabe o que quer, não se assuste! Tem horas que a gente nunca sabe.
Se já fez suas escolhas, torço para que seja algo que você realmente deseja, por que afinal de contas, quem precisa estar consciente e feliz com o que vai escolher é VOCÊ, em conseqüência, os outros serão felizes te vendo feliz.
Bom início de semana!

quinta-feira, 11 de junho de 2009


É difícil encontrar pessoas que gostem do silêncio.
Mais difícil ainda é querer ficar em silêncio e não poder.
Tem dias que preciso somente disso: ficar quietinha no meu canto!
É tão difícil assim entender o que isso significa pra mim?!
S-I-L-Ê-N-C-I-O!!!
A Voz do Silêncio

Pior do que a voz que cala, é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis,pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.

Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.

Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas. Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão.

O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.

É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento. Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo.

Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado. Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar:"Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro. É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua,o silêncio é um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente. Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.

Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba, é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim, você entende a mensagem.


(Martha Medeiros)

sexta-feira, 5 de junho de 2009


Recomendo...

Para aqueles amigos mais íntimos posso dizer: "dessa vez acertei na escolha!"
Do que tô falando?! Bom, tô falando que dessa vez fui capaz de assistir um filme muito lindo e que recomendo a todos, e que "dessa vez" não tive "dedo podre" na escolha...hahaha

Quem já me conhece há algum tempo sabe que não sou muito boa para escolher filmes, que sempre pego "umas bombas"...

Mas dessa vez eu amei!!! O filme chama-se "O menino do pijama listrado".
Comovente! De tirar o fôlego! Dotado de muita poesia!

O filme é baseado num livro e conta a história de Bruno, menino alemão de oito anos que não sabe nada sobre o Holocausto nem sobre a "solução final" contra os judeus.
Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito.

Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar sua casa em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde não tem nenhum amigo para brincar. Bruno então conhece Shmuel, um garoto judeu que mora "do outro lado da cerca". Aos poucos, conforme a amizade se intensifica, os garotos vão descobrindo o motivo que os separa em mundos tão diferentes.

"O menino do pijama listrado" é um filme extremamente sensível e mostra a visão de duas crianças a respeito do que ocorre em suas vidas. É uma lição de esperança e de pureza que só existe nas crianças.

Filme que ajuda a enxergar a vida de uma forma diferente, tentando ver o lado bom em tudo, e mostrando que muitas vezes precisamos romper com as "cercas" que nos separam de outras realidades e ver além daquilo que se enxerga com os olhos: ver com o coração.
"LINHAS PODEM NOS DIVIDIR, MAS A ESPERANÇA NOS UNIRÁ."

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,como se o meu ser participasse de todos os homens,incompletamente de cada (?),por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."

Fernando Pessoa

... hoje tô meio "down"... cansada de ser incompreendida no que penso... quer saber?! tô de saco cheio de ter só gente que aponta defeitos... não sou a única a tê-los...

segunda-feira, 1 de junho de 2009


Já tem alguns dias que eu não sei o que escrever.

Sento à frente do computador e nada me vem a mente.

Às vezes penso que ninguém tá nem aí pra o que eu escrevo, que não deve fazer nenhuma diferença pra quem lê.

Tenho lido calmamente um livro que retrata como me sinto muitas vezes. Tentando achar alguém ou algo que responda "Quem me roubou de mim?"

Sinto falta das pessoas a minha volta, mas mais ainda, sinto falta de sentar e conversar sobre a vida.

Não esperando que alguém seja capaz de sanar tudo que vejo necessitar de cura, assim como não gostaria de alguém que estivesse a me escutar por obrigação. Sinto falta dos amigos mais queridos e que por um espaço de tempo me foram mais presentes.

Eu sei que por vezes tenho parecido repetitiva, que os problemas familiares tem me tirado o sono, mesmo que talvez para alguns, pareça que não me importo.

Sou calada, mas nem sempre o quero ser.

O tempo não pode ser apressado, assim como as pessoas não precisam de hora marcada pra serem desvendadas.

O mistério de ser especial na vida de alguém é ver além daquilo que normalmente as pessoas transparecem.

Quantas vezes só enxergamos a nós mesmos, nossas necessidades, nossos medos, angústias, sonhos, pressa?!

Há pessoas a nossa volta.

É preciso enxergá-las.